Compulsão por doces – Encontrando o equilíbrio

Desde criança sou apaixonada por doces, por isso, muitas vezes vivo lutando com a balança para manter um peso adequado. Sempre preocupada com minha forma física – muitas vezes mais “cheinha” do que as garotas ao meu redor – , já fiz diversos regimes. Mas meus principais vilões eram os doces.

Nesses últimos tempos, passei a me importar mais com a minha saúde e menos com a minha aparência. Foi quando decidi, pelo menos, tentar buscar um equilíbrio no meu dia a dia. Percebi então que não adiantava tirar os doces e massas do meu cardápio, pois me sentia triste e, quando conseguia emagrecer, voltava a consumir e engordar novamente.
Acredito que o equilíbrio é a palavra certa para como devemos conduzir nossa alimentação. Adoro doces e dificilmente isso vai mudar totalmente (até porque são 30 anos com o mesmo gosto), mas consigo agora controlar melhor a quantidade e investir em outros alimentos de qualidade e em outros fatores que vão ajudar na qualidade da minha saúde.
Foi por isso que busquei alguém para falar desse tema no blog, que, ao contrário do que alguns possam pensar, tem extrema importância para todos nós.

Compulsão por doces – Encontrando o equilíbrio

Você deve estar estranhando o tema, compulsão por doces, em um blog de confeitaria…
Na verdade, refletir sobre isso  pode ser um alerta, apenas. Saborear doces  freqüentemente, pesquisar e elaborar receitas deliciosas é permitido e até desejável  a  qualquer  um de nós (que não tenha restrições médicas).
É sabido que o açúcar aumenta a taxa de serotonina, substância que promove o bem estar. Então, desfrutar do prazer que um doce nos proporciona, faz parte da vida.
No entanto, o consumo exagerado, um impulso incontrolável que se mantém, deve ser observado com certo cuidado. O que caracteriza uma compulsão é exatamente a necessidade que o indivíduo tem de repetir certo comportamento, por mais irracional que possa lhe parecer.
Na compulsão por doces, o indivíduo perde o controle de colocar limites na sua ingestão. Ele acaba ingerindo grandes quantidades de doce, às vezes, em curtos espaços de tempo. Provavelmente, existe um ou vários gatilhos para esse comportamento desenfreado, que precisam  ser descobertos e tratados.
Existem hábitos que uma pessoa pode adquirir para administrar seus impulsos. A substituição de doces por frutas (que têm efeitos similares ao doce no organismo), os exercícios físicos e a alimentação balanceada podem ajudar o indivíduo a controlar sua dieta. No entanto, muitas vezes, a  pessoa sozinha não consegue sair  desse círculo vicioso e, nesse caso, deve pedir a ajuda de um profissional, como a de um psicólogo. Este pode ajudá-la a conhecer melhor suas necessidades e desenvolver recursos mais adaptativos para viver uma vida mais equilibrada, utilizando os doces apenas como fonte de prazer, não associado à angustia, que os excessos podem causar. Se esse for o seu caso, não hesite em procurar ajuda. Bom apetite!
Sônia Nogueira / Psicóloga
Psicoterapia de adultos (terapia individual, casal e grupo)
Endereço: Avenida dos Eucaliptos, 300 – Moema
Contato: 11 5561 3950

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